domingo, 6 de novembro de 2011

3º Encontro


Bom dia, no nosso terceiro encontro  em  21/10 discutimos o texto Manicômio mental a outra face da loucura, com o professor Pedro.  Para o início da reflexão algumas perguntas foram lançadas: O que quer dizer o manicômio mental?  E logo surge a resposta :o manicômio não está fora da sociedade, numa sociedade sem manicômios quando a gente fala em desospitalizar. O manicômio mental é estar em casa sem que possa criar novos vínculos, e romper vínculos, é o que podemos chamar de morte social. Em uma metáfora podemos dizer que o manicômio mental é como um cachorro, que temos que está atentos pois a qualquer momento poderá mostrar sua ferocidade e te atingir em uma mordida sangrenta. Portanto pode-se dizer que a família do louco é a maior produtora de manicômio mental. Não basta acabar com os manicômios  e fornecer tarefas para esse indivíduo e abafar qualquer desrazão sem dar espaço para a loucura. Outra pergunta que nos indagou foi: O quanto você está disposto a ouvir desrazões? Existe espaço para desrazão? E o que nos impede é o chamado império da razão que está sempre na nossa frente impedindo que se abra qualquer espaço para as desrazões. Nosso instinto é sempre tentar entender, essa relação tá construída desde cedo, na escola , na família e na sociedade em geral. A sugestão seria pensar loucamente: entrar no mundo da desrazão. Não buscar racionalidade para ajudá-lo.  

Então desse nosso encontro surge a idéia de pensar uma desrazão e relatar no Blog. E a pergunta norteadora é : Até onde iria a  sua sanidade caso houvesse quebra de relações sociais? Quando você não tem em que se apoiar.

Thiara Café
Terapia Ocupacional 7º semestre



Um comentário:

  1. Achei muito interessante o texto e também o encontro. O assunto acrescentou muita coisa nova, mudou opiniões existentes, e me mostrou que não basta apenas querer desfazer os manicômios. Se o paciente não puder ter e manter vinculos com as pessoas, se ele não puder viver a sua desrazão, ele simplesmente passará de um manicômio físico para um manicômio mental. Sendo assim, não estaremos ajudando-os. Notou-se a importância de entender que a questão é mais ampla; o doente mental precisa ter espaço para viver a sua desrazão, e no entanto, tirando-os dos manicômios não resolverá o problema, pois as pessoas não estão dispostas a aceitar a desrazão como algo natural/normal, elas não estarão dispostas a escutar e a conviver normalmente com essas pessoas, pois o império da razão sempre estará a reinar. As pessoas teriam, então, que aprender a escutar, a conviver com a desrazão; se não elas vão sempre querer bloquear essas desrazões, dar limites, etc.
    Renéa Dayane.

    ResponderExcluir