terça-feira, 17 de abril de 2012

Paradigmas do Saber Psiquiátrico - Encontro do dia 06/04

         As reflexões do grupo se mantiveram acerca do percurso da reforma psiquiátrica e dos movimentos reformistas que atuaram como determinantes na atual estrutura dos serviços de saúde mental, ao longo deste processo houve a necessidade de rever referênciais teórico-práticos e os paradigmas fundantes do saber psiquiátrico. Birman e Costa acrescentam que a psiquiatria clássica desenvolveu uma crise teórico-prática pela mudança de seu objeto central, agora não mais o tratamento mas a promoção da saúde e, é neste contexto que surgem as novas psiquiatrias. Os dois momentos destas novas abordagens são descritos como; um primeiro de crítica a estrutura asilar, sendo esta a responsável pelos altos índices de cronificação da doença mental, com uma proposta que se inicia com os movimentos das comunidades terapêuticas, terapias de família e psicoterapia institucional.
O segundo período pretende a extensão da psiquiatria ao público se organizando com objetivos de prevenção e de promoção da saúde mental, neste momento outros atores sociais começam a ser inseridos no processo de cuidado pois observou-se a necessidade desta promoção não apenas com enfoque no indivíduo mas na comunidade geral, aos poucos a abordagem condutora das práticas em saúde mental passa a distanciar-se do assistencial e aproximar-se do preventivo.
Iniciamos ainda a discussão sobre a idéia das comunidades terapêuticas e seu impacto no novo modelo assistêncial que se estabelecia, esta modalidade se mostrava como um valioso instrumento de análise dos papéis da equipe e dos pacientes e suas inter-relações numa terapêutica que tentava organizar padrões anormais determinados pela doença mental, através das tarefas desempenhados por cada um dos inseridos naquele contexto.

Yasmim Bezerra Magalhães - Terapia Ocupacional

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